Me Apaixonei Caí por Você - Capítulo 11


CAPÍTULO 11 - Happier



"Te amo. Com todas as letras, palavras e pronúncias. Em todas as línguas e sotaques. Em todos os sentidos e jeitos. Com todas as circunstâncias e motivos. Simplesmente, te amo."



LONDON, REINO UNIDO.

NAME: Nate Evans.
CAREER: Vocalista da B2auty.

Q
uando nós separamos, no susto pelo baque. Não podíamos acreditar no que viemos. Nossos amigos estavam caídos no chão e tinham uma expressão de sem graças na cara. Se eles estavam sem graças, estávamos ainda mais ao sermos pegos no flagra. Sabia, destruí nossa banda. Agora, eles devem me odiar.
— Foi mal. — Fala Ryan.
— Sabe como somos, adoramos uma entrada triunfal. — Desconversa Kian.
— Falei que não devíamos ouvir a conversa deles! — Diz Elliot.
— Então, por que estava ouvindo também? — Resmunga Kian.
Eles estavam ouvindo nossa conversa, só faltava o copo de vidro na porta, como eles podiam fazer isso? Toda aquela conversa era pessoal e eles continuavam infringindo nossa privacidade. E pior que entram no pior momento, enquanto estávamos nós beijando.
— O que querem dizer é desculpa, não é mesmo meninos? — Diz Rebecca.
Becca, Karle e Lisa estavam paradas na porta, com os braços cruzados e olhavam pra seus namorados com uma expressão de bravas.
— Saímos por um segundo e os encontramos bisbilhotando! — Exclama Elisa.
Vocês estavam nós espiando? — Questiona Declan.
— Qual é? A curiosidade era maior. — Afirma Ryan.
— E onde fica a nossa privacidade? — Murmura Declan, com uma cara mal-humorada.
— Considerando os amigos intrometidos e os milhões de fãs atrás de vocês. A palavra privacidade não existe em nossas vidas. — Fala Kian.
Karle lhe dá uma batida no braço e fazendo careta em sua direção. O silencio emana no quarto, de repente todos ficam sérios e tinham umas expressões sem graças, como não soubessem o que dizer. Depois de tanto tempo tendo o silencio como um companheiro, entende muito bem, o que queria dizer com seu próprio silencio. Eu me sentia envergonhado, humilhado por ter que passar por aquela situação com meus amigos e constrangido por imaginar minha família descobrindo, os nossos fãs e como o restante do mundo opinará positivamente e negativamente, era vergonhoso. E sem querer, o medo toma conta...
— Desculpa, nos desculpe. Por não te dar ouvido ou ter dado atenção aos sinais, os avisos. — Começa Elliot.
— Estávamos completamente cegos! Só viemos como ela perfeita, sem nós dar conta que caímos numa armadilha mortal. — Completo Ryan.
— Oficialmente, somos péssimos amigos. Achávamos que ela era uma das nossas... — Murmura Kian
—... E no fim, ela nós enganou. Caímos como idiotas, dá maneira que ela nós queria, manipulados e contra uns aos outros. — Exclama Elisa.
— Afinal, fomos tão imbecis que nem reparamos em nada. Acreditávamos em tudo que ela fala, como grandes marionetes. — Se exalta Ry.
— Com a denúncia, não tem como ela se safar. — Fala Becca.
Denúncia?! Quê denúncia?
— Qual denúncia?
— A que fará contra ela, certo? — Sugere Lisa.
Nego com a cabeça.
— Não farei isso.
— É seu direito, você sabe? — Exclama Elliot.
— Eu sei. O quero agora é esquecer tudo, não quero ter uma batalha na justiça contra ela, muito menos chamar atenção indesejada na mídia.
— Mas assim, ela continuará livre com seus crimes? Ele deve ter ficado doido! Não é possível. — Kian diz indignado com minha decisão.
— É assim que quero que seja e assim será!
Eles ficam em choque, não acreditando que tinha gritado com eles.
— Ei, pessoal. O que acham de irmos comer alguma coisa? — Propõe Declan.
Deito-me virado de lado e de costas pra eles.
— Eu não estou com fome. — Discorda Kian.
— Então está com sede, vêm... — Diz Karle, o forçando a sair junto com eles.
Só ficamos eu e Declan. Ele coloca a mão na minha perna coberta, como forma de consolo.
— Você sabe o que eu faria, mas no fim é sua decisão. — Ele me diz.
Deixando-me sozinho com meus pensamentos.

(...)

— Estaremos te liberando com algumas condições. — Comunica Dr. Sylvester.
Estou animado pra sair do hospital, mas qual era a condição? 
— Você terá alguns encontros semanais com a Dra. Fallon. — Anuncia Dr. Ramires.
— Sou a Dra. Alana Fallon, serei sua nutricionista. Nossa primeira consulta será amanhã, estudaremos seu caso dá melhor maneira pra ajudá-lo. — Apresenta-se Dra. Fallon.
Ótimo, mais exames e mais agulhas. Eles não entendem que estou bem, não estou doente.
— Prazer, Dr. William Watson. Serei seu psicólogo e trabalharei em conjunto com a Dr. Fallon. Teremos nosso primeiro encontro, logo em seguida dá consulta com a Dra. Fallon. Estarei livre pra conversar quando necessitar. — Diz o Dr. William.
— Está proposto a fazer todas as recomendações pra melhor? — Questiona Dr. Sylvester.
— Ele fará, não é? — Declan me pergunta, com um sorriso esperançoso.
Bem, é a única maneira pra sair daqui, então terei de ir a algumas consultas até eles entenderem que não estou doente.
— Certo.
— Ótimo. Então, já está liberado. — Diz Dr. Sylvester.
— Lembrando que tem que se alimentar adequadamente. — Me lembra a Dra. Fallon.
Concordou com a cabeça e logo em seguida, eles nós deixam sozinhos. Declan me entrega a roupa que ia usar. Já não aguentava mais usar estes vestidos hospitalares que eram abertos nas costas.

(...)

— Você decide, quer ir pra minha casa e dos meninos, ou a sua? — Pergunta Declan.
— Poderíamos ir a algum lugar distante e que seja silencioso?
Ele fica um instante pensando...
— Conheço um lugar que podemos ir.

(...)

— Onde estamos?
— Algum tempo atrás, precisei de um lugar afastado pra relaxar. Então, comprei este chalé. Gostou? — Ele explica.
— Quem diria que você tinha seus segredos? Eu e nenhum dos meninos pensaríamos que tem um lugar assim.
— Sou uma caixinha de surpresas. Quer entrar ou vai ficar olhando? — Ele diz.
O chalé era pequeno e aconchegante, num estilo rústico. Na sala de estar, duas poltronas de frente pra lareira, dividindo espaço com uma pequena cozinha e as escadas de madeira que levavam ao segundo andar, onde supôs que eram o quarto e o banheiro.
— Quando não venha pra casa, pensava que dormia na casa da...
— Nãoo! Nunca cheguei há ir a casa dela. Sempre estive aqui, nem ela sabia que existia. Só você sabe agora. — Ele nega com a cabeça.
Dou um sorriso satisfeito, mas tentou disfarçar.
— Posso tomar um banho?
— Claro! — Concorda.
Passo por ele, subindo as escadas. O quarto era num estilo aberto que dava pra ver o andar de baixo. Ao entrar no banheiro, fechou a porta logo em seguida e encostou minhas costas nela. Suspirou aliviado, por ter um momento pra mim. No espelho, vejo meu rosto todo machucado e meus braços enfaixados. Ao entrar no chuveiro, só desejava esquecer estes dois dias. Quando terminou, me seco com a toalha que encontrei no armário da pia e visto o roupão que estava pendurado...
— Espero que não se importe, liguei à lareira. — Ele avisa.
Dou ombro, não me importando. Sento-me na poltrona próxima a lareira, focado nas chamas queimando a madeiras.
— Toma, pode vestir está camisa e está cueca, estão limpas, jurou! Trouxe semana passada. — Ele disse.
Deixando as peças no braço da poltrona e saindo logo em seguida. O perco de vista ao subir as escadas, escutou as movimentações no andar de cima e o som do chuveiro sendo ligado. Retiro o roupão e visto as duas peças de roupa que ele havia deixado, deixando o roupão na outra poltrona. Continuou a observar as chamas, como se fosse ha coisa mais interessante por ali...
— Ei, tudo bem? — Ele pergunta.
Surpreendendo-me com sua chegada, nem tinha reparado que ele havia saído do banho e nem que estava me observando.
— Só estou cansado...
— Quer deitar? — Sugere.
— Declan, eu não quero. Por favor, não!
— Está bem, então não iremos.
— Não quero dizer dormir, eu não quero ir pra aquela casa, nem pra aquele apartamento! Por favor, não me obriga...
O abraço desesperado.
— Nem eu, nem ninguém ira te obrigar a fazer aquilo que não quer. O apartamento, você pode alugar ou vender se preferir. E a casa, podemos encontrar outra, faz anos que os outros querem uma piscina e quartos maiores, certeza que eles iram aceitar. — Diz convencido que íamos nos mudar.
Dou um sorriso e com nossos rostos próximos, ainda num abraço: digo...
— Sem dúvidas, faz semanas que não me sinto feliz assim. Obrigado.






CONTINUA





  • Publicada: 29/06/2017 ás 02:39 e Republicada: 19/02/2019 ás 18:08